segunda-feira, 3 de agosto de 2009

VASOS DE BARRO - POR PAULO CILAS

" Temos esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência da glória seja do Senhor e não nossa." 2 Co.4:7Praticamente vivi minha vida no ambiente de igreja. Posso dizer com tranquilidade (minha tranquilidade) que o maior problema que observei foi e é a insana tentativa da igreja em se tornar vaso de ouro: valioso e forte. Vi muitos se definhando na tentativa de serem melhores. Vi outros tantos frustados pelo caminho por terem falhado em algum momento. Pior, talvez: vejo uma grande massa vagando como aves migratórias buscando agora aquela "igreja" que enfim vai fazê-la imbatível, definitivamente invulnerável. E eu disse pior anteriormente? Acho que me enganei. Provavelmente o pior é ter visto inúmeras vezes "gente perfeita" apedrejando os fracassados impuros, indignos de estarem juntos de uma estirpe sacrossanta.E, enquanto a compreensão do que é ser vaso de barro não vem, vamos deixando de cumprir princípios maravilhosos da excelência de Jesus em nossa existência. Chorar com os que choram fica inviável porque temos que ensinar aos que choram palavras, declarações e meandros da doutrina para que tais não se mostrem tão frágeis, afinal, "nosso Deus é forte e o diabo já está vencido". E seguir o conselho de Paulo aos Gálatas, então? No cap.6:1 ele diz que os espirituais devem restaurar em mansidão o pecador surpreendido . Deixamos ainda de compreender a Nova Aliança, que é perfeita, já que ela está disposta sobre pelo menos duas verdades centrais: a nossa total incapacidade em cumprir as regras da Antiga Aliança e a Graça indescritível revelada em Jesus que nos aceita como somos, barro. E ainda por cima vamos criando novos rituais pelos quais consigamos nos tornar "vasos de ouro".Mas percebo que é difícil admitir nossa fragilidade. Dói muito reconhecer limitações, mesquinharias, vontades oportunistas e interesseiras travestidas, muitas vezes, ora até mesmo de piedade em nome de Jesus, ora de autoridade espiritual. Dói assumir que mesmo "maduros",vacilamos. Para muitos isto é por demais decepcionante.Já para outros a dificuldade reside em abrir mão da aparência sempre vitoriosa uma vez que o mercado tanto secular como religioso assim exige. Não há lugar para fracos!Agora, não importando as razões ou a falta delas que nos impedem de enxergarmo-nos como vaso de barro, o triste é desperdiçar a riqueza do tesouro do qual Deus nos fez receptáculo. Não é de admirar o porquê que muitos rejeitam Jesus, o porquê de querermos tanto ganhar esta vida aqui. Parece que esperamos em Deus somente para esta vida. Enfim, tudo contrário ao que está escrito na Bíblia. Somos nós querendo ser vasos valiosos desprezando com isto a excelência do Senhor e o tesouro nos dado graciosamente.

FAST FOOD - POR PAULO CILAS

Antigamente as lanchonetes serviam para que alguém, sem tempo para uma boa alimentação, "enganasse o estômago". Era o tempo em que a coxinha de galinha vinha com o osso da própria galinha como suporte; era o tempo também em que vinha mais galinha e menos massa. Pois bem, o tempo passou e o que deveria ser um "quebra galho" tornou-se cada vez mais efetivo, ou seja , mesmo tendo tempo para almoçar ou jantar, muitos continuam a preferir o que se passou a chamar fast food - comida rápida; que embora dito rápida teve tempo para novas criações e logo foram popularizados os "burguers", as pizzas, shakes e outros. E todos eles com cheiros estonteantes, aparências soberbas e paladares arrebatadores. Resistir, quem há de?Mas, vieram as consequências de uma alimentação desequilibrada . Obesidade, colesterol alto e outros efeitos igualmente perniciosos.Lamentavelmente, a mesma sanha por soluções rápidas ou por coisas que agradem nosso olfato, visão e paladar "espirituais" nos levou para longe de hábitos realmente salutares para nossa vida espiritual. Verdadeiramente os demônios expulsos nos alegram mais que o nosso nome escrito no livro da vida. As "campanhas" tornaram-se mais fundamentais do que o aprendizado contínuo da Palavra de Deus. Os pregadores de uma nova receita (visão ou unção) ficaram imprescindíveis nas cozinhas eclesiásticas. O resultado? "Crentes" pesados demais, às vezes com muita energia, mas pouco nutriente. Muita comida, mas pouco alimento. Totalmente em desequilíbrio!Sei que pizza ,"burguers" têm seus encantos, são até legais em algum momento. Entretanto, essencial mesmo é o cardápio do Senhor. Sempre balanceado e que jamais cede à nossa gula e preferências.Paulo Cilas

A HUMANIDADE DE DEUS - POR PAULO CILAS

Civilizações passadas e presentes sempre buscaram e buscam as alturas, o sobrenatural. Mas ao homem caído tornou-se impossível chegar a Deus. Daí a existência de tantas religiões e tantos deuses. Daí também o ateísmo. Sim, com um amontoado de perguntas sem respostas mais as contradições e manipulações das religiões principais, cresceu o ateísmo. Contudo, também os ateus vivem buscando algo que lhes satisfaça. Assim , todos igualmente erram em sua busca, pois quase que invariavelmente a mesma se dá para obtenção de benefícios e outros interesses e não por humildade de quem sente falta do PERFEITO.E, em sendo impossível ao homem voltar a Deus, Deus veio ao homem. Quando o Verbo se fez carne, Deus em Jesus passou a ter pela primeira vez endereço conhecido. Fosse nos dias de hoje, cep, logradouro, estariam incluídos. "E todo espírito que é de Deus declara que Jesus veio em carne" (1Jo.4.2).Em Jesus, Deus sentiu nossas limitações: "O espírito está preparado, mas a carne é fraca".Em Jesus, Deus compreende nossa vergonha diante de uma caixa de remédios. Então, insiste pela palavra e pelo Espírito que podemos nos curar dos males que tantos danos causam.Em Jesus, Deus "tenta nos ensinar a misericórdia, perdão e amor:- A força e o poder de Deus não se revelam somente na cura, mas , também na visita ao enfermo.- Não somente na aniquilação do motivo da dor, mas também no bálsamo da solidariedade.- Não somente no evitar o açoite, mas também no untar as feridas, socorrer no caminho.Entender isso, penso, nos leva ao poder que se aperfeiçoa na fraqueza. Com certeza precisamos humildemente conhecer nossa carne, nossa humanidade débil. Como Deus conheceu em Jesus."temos um sacerdote , que embora não pecando, sabe o que é viver na debilidade humana e por isso se compadece de nós"Hb.4:15.

UM GRANDE MILAGRE - POR PAULO CILAS

Tal qual no tempo de Jesus na terra, a multidão está em busca dos milagres. E Jesus continua como antes querendo operar um grande milagre. Entretanto, querer ouvir do Mestre que milagre é este a maioria não quer. A maioria, talvez nós incluídos, está fazendo um grande barulho com clamores, choros públicos e campanhas diversas numa tentativa de, quem sabe, colocar suas petições nos primeiros lugares do atendimento divino. Afinal temos ouvido e lido “como fazer para que o Senhor dos impossíveis” nos ouça. Então, por que ouvir o que Ele tem a dizer se o que nós temos a dizer a Ele é mais importante? E, ainda por cima, os milagres que esperamos Dele “engrandecerão o seu Nome” e muitas pessoas vão se converter. Se converter a quem? Ora, converter-se ao senhor dos impossíveis, dos milagres. Serão mais pessoas para ouvir que Ele quer operar um “grande milagre.”.Nota: Alguém disse recentemente que os grandes pregadores atuais – apóstolos, bispos e outros auto denominados-deveriam ir aos muitos hospitais públicos caóticos e aos lugares que nem tais hospitais existem e nesses lugares exercerem gratuitamente seus prestimosos dons e unção para alívio do povo ao invés de fazerem propaganda de que a benção só será recebida em seus domínios onde seus nomes e fotografias abundam. Tudo isto para glória do... Senhor, claro.Sim, irmão está vendo muito mais pessoas nos templos humanos e muito menos pessoas transformadas por Jesus. Isto não é um fenômeno atual, todavia existindo agora em profusão.Certo é que todos queremos manifestações poderosas e exteriores: dinheiro, curas, familiares seguros e bem resolvidos, dinheiro... Queremos viver sem arranhões nem feridas profundas. Queremos viver só de risos com aquilo que nos satisfaz. E que todo inimigo espiritual ou humano caia por terra “porque somos cabeça e não cauda’”.Mas... E o grande milagre que Jesus quer operar em nós, qual será? Se quisermos ouvir o que Ele tem a dizer ouviremos: “um coração transformado por Ele mesmo”. Que encontra alegria, força, fé, esperança, amor, paciência a despeito dos fracassos familiares, financeiros, físicos, emocionais e sentimentais. Um coração que entenda que “embora no mundo tenhamos aflições, as mesmas não podem ser comparadas com a glória que nos há de ser revelada em Cristo Jesus”!Creio que tendo tal entendimento podemos clamar pelas demais coisas. Se não, vamos parar com o barulho e ouvir O Senhor. Quem sabe descobriremos Dele que os nossos anseios e necessidades são oportunidades que Ele pode usar para operar um grande milagre. Ou quem sabe, O MAIOR MILAGRE!

MORTE E PRODUÇÃO DE VIDA - POR PAULO CILAS

Recentemente vivi novamente o enfrentamento com a morte. Morreu uma moça aos vinte e dois anos de idade. E o fato de morrer tão jovem aliado às circunstâncias nas quais ela estava vivendo me levaram a uma reflexão: o que é realmente viver?A reflexão - a morte quase sempre nos faz mais reflexivos - fez-me ver que realmente "para morrer basta estar vivo". Tamanha obviedade deveria instalar em nossas mentes (razão) e corações(sentimento) um sentido e valor reais da vida e, principalmente, do que é viver.Ao morrer alguém que está fora da "comunhão", logo vem a pergunta: "E aí, está salvo(a)?". Quanto a esta questão, tenho aprendido a dizer que não importa o que achamos, tudo já está definido com o Justo Juíz. Entretanto, podemos questionar para aprendizado sobre o que exatamente foi feito da existência: O que ela produziu? O que ficará daquele que se foi?Sabemos que o tempo de vida aqui nem sempre corresponde ao que se produz. Alguém poderá viver até a velhice e nada produzir e alguém poderá viver pouco e muito produzir. Sendo assim, não creio que apenas vivemos aqui para definirmos a vida além, embora faça parte de um processo natural. Nós vivemos aqui ,ou deveríamos viver, fazendo com que de dentro de nós germinassem bons frutos . De perdão, amor, generosidade, humildade, respeito, enfim, fruto do Espírito, coisas de cima, do Reino de Deus. Com tais frutos brotando em nós, com certeza levaríamos muitos a pensar em continuar vivendo. Sim, continuar vivendo eternamente. Muitos, ou pelo menos alguns, vão querer a sensação aprazível de terem dentro de si uma fonte de água saltando para a eternidade.Sabemos que, em Cristo, é viável que coisas boas brotem a partir de nós. Isto é viver produzindo. O resto, sejam cem ou vinte e dois anos, é só morrer!

NÃO BASTA - POR PAULO CILAS

Não basta ser igreja! A palavra igreja no seu original grego referia-se a todo ajuntamento, reunião do povo para determinado fim. Umas cinco vezes, pelo menos, o termo foi usado no Novo Testamento sem ter a mínima relação com a Igreja de Jesus.
Mas também não basta ser uma igreja de um Jesus qualquer. O nome Jesus, uma forma grega de Yeshua no hebraico, era muito comum . Muitos “Jesus” existiam! É necessário então, ser Igreja de Jesus, o Cristo!
Todavia, não basta seguir a qualquer cristo. Somos alertados quanto aos falsos cristos (messias a partir do hebraico - que quer dizer ungido) que vieram e virão a surgir. A eles são atribuídos poderes e milagres, sinais e maravilhas. Ora, como saber a que “cristo” seguir? Jesus nos alerta para que quando disserem : “Eis o cristo ali ou acolá” não podemos dar ouvidos.
Por fim, não basta ser uma igreja qualquer, muito menos de um qualquer “Jesus”. E nem seguirmos os muitos “cristos”. O que basta é sabermos que Ele é muito mais! Ele é o Deus Conosco, o Príncipe da Paz, o Pai da Eternidade. Percebemos isto em nós? O Seu caráter está infundido em nós? Sentimo-nos necessitados Dele? Entendemos Seu amor? Se a resposta é sim, isto nos basta!!!
PS. Não basta está arrolado no rol de membros de uma igreja local. Basta está inscrito no LIVRO DA VIDA DO CORDEIRO!

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

As pilhagens e o gosto pela violência que atravessa os Estados Unidos têm surpreendido o mundo. Alguns argumentarão que o problema racial é...