quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A Pedra Rolou - Paulo Cilas

Ao amanhecer o primeiro dia da semana, estando ainda meio escuro, Maria Madalena foi ao sepulcro e viu que a pedra que fechava a entrada havia sido removida Jo 20:1


Depois de ter constatado que a pedra tinha sido removida Madalena foi contar aos outros. Pedro entra primeiro no sepulcro agora vazio. Jesus não está lá.

Por muito tempo achei que a pedra havia sido tirada para Jesus sair, mas um dia me ocorreu que a pedra rolou para que Pedro e os demais entrassem e percebessem que a morte foi vencida
.
Ora, se pedra tivesse permanecida no lugar, mesmo Jesus tendo aparecido após sua ressurreição, sobrariam muitas dúvidas. Até porque anteriormente já se havia duvidado Dele:

E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar assustaram-se dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.
Mateus 14:26

Sim, após sua ressurreição nem pedra e nem nenhum outro obstáculo O impediriam mais. Por isso "a porta  da morte foi aberta para que os outros entrassem. Madalena perderia a perspectiva de uma nova vida recém recebida. Ela e os demais não teriam a certeza de que a morte foi vencida.
Nesta vida vida, quando nos sentirmos desesperançados, sem perspectiva, olhemos para o "lugar da morte vazio". Assim como Ele saiu da morte nós também sairemos. Assim como Ele venceu nós também venceremos!

Se desse modo fomos unidos a Ele na semelhança da sua morte, com toda a certeza o seremos também na semelhança da sua ressurreição. Rm 6:5

A Pedra Rolou!





quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Independência ou Morte - Paulo Cilas

 
Há um outro brado definitivamente melhor  do que o do Ipiranga. É o brado de Cristo na cruz: "Está consumado!" Esse é o verdadeiro brado da independência. Enquanto as "independências" daqui  nos tornam  dependentes e a merce de nossos pecados e dos pecados de homens que deliberam sobre nossas vidas - vide o Brasil e o mundo -   a independência que temos em  Cristo  nos liberta plenamente.

Não dependemos de nossas obras para sermos salvos. A nossa salvação da morte eterna  é obra da Graça de Jesus.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Efésios 2:8

Não dependemos mais de não sermos acusados.

Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica Rm. 8. 33

Não temos medo da condenação.

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
Romanos 8:1

Não dependemos de sacrifícios. 

Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
1 Pedro 3:18

...que não necessita, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez ele, uma vez por todas, quando se 
ofereceu a si mesmo Hb. 7.27  

Não dependemos de nós mesmos para sermos ressuscitados ou transformados.

 E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vocês, aquele que ressuscitou a Cristo dentre os mortos também dará vida a seus corpos mortais, por meio do seu Espírito, que habita em vocês
Romanos 8:11

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.

1 Tessalonicenses 4:14-17


Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres Jo 8.36.
  
Não, não foi às margens do Ipiranga que se deu nossa libertação: Mas na Cruz do Calvário!


Independência ou Morte!















quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Armadura da Paz - Paulo Cilas

Neste breve ensaio sobre a Armadura de Deus - Efésios 6. 10-17 - me deterei em um de seus itens que só agora me chamou de forma definitiva a atenção. Mas antes de comentá-lo, vamos a alguns pontos sobejamente comentados:

1- Revestir de toda a Armadura. Não apenas de alguns itens. Parece-me que ainda que tenha muita fé mas não desenvolva a justiça, estarei em algum momento sujeito a alguma derrota, ou, pelo menos, a algum abalo ou, ainda, alguma dificuldade na caminhada.

2- Resistir no dia mau e permanecer firme. Não adianta somente vencer se depois de tudo pouco ou nada de mim restar. Quantos há que se esgotaram totalmente depois de batalhas. A promessa de renovação de forças parece não encontrar lugar em suas vidas.

3- A luta não é contra a carne e sangue. Quanto tempo perdemos com questões da carne. Quantos embates? Quantas guerras entre nós? Quanto ódio? Quanta falta de perdão? Enquanto isso o adversá-rio faz em nosso meio seu "parque de diversões".

4- Antes de qualquer outro acessório, a verdade. A roupa vestida primeiro é fundamental para o bom funcionamento da armadura. Na Armadura de Deus  essa roupa é a Verdade. Toda a verdade, não apenas fragmentos dela. Quem não ama a verdade jamais manejará bem a Armadura.

Mas, agora, vou me permitir não comentar sobre a Couraça da Justiça, o Escudo da Fé, o Capacete da Salvação e a Espada do Espírito. Não por serem menos impontantes. Como disse acima todos os elementos da Armadura o são. Entretanto quero me deter no calçado. Os pés são a base e o que calçamos é de vital importância. Experimente andar com um calçado muito folgado. Ou muito apertado. Ou ainda impróprio como um "salto alto agulha" em paralelepípedo. Pois bem, na Armadura de Deus o nosso calçado - nossa base - é o "Evangelho da Paz"!
Embora "armadura" nos faça pensar em guerra a nossa base, sobre a qual todo o mais é assentado, precisa urgentemente ser A Paz. Jesus é o Príncipe da Paz. "Curiosamente" você não verá na Bíblia Jesus lutando.
Muitas vezes nos indignamos com pessoas e situações desse mundo, mas não podemos perder a Paz.
As imundícies, as pessoas más e seus ardis não devem roubá-la de nós.
Devemos denunciar o engano, os falsos profetas, os interesses maliciosos do mundo e do seu comandante. Mas não podemos perder a Paz. Olhar o pecador que nos afronta sem nos deixar consumir pelo desejo de vingança. "Minha é a vingança, diz O Senhor"!
Há muitos textos sobre A Paz. Tente lembrar ou tente conhecê-los. E não se esqueça: A Paz é a base da nossa Armadura.
A Paz do Senhor!  

terça-feira, 8 de agosto de 2017

BRASA - Autoria desconhecida

“Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia” (Hebreus 10:25).



Um membro ativo de uma determinado igreja, sem nenhum aviso deixou de participar dos cultos e das atividades da igreja.
Após algumas semanas, o pastor daquela igreja decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria.

O pastor encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.

Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao pastor, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.

O pastor acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada.

No silêncio sério que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam.

Ao cabo de alguns minutos, o pastor examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente selecionou uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para o lado. Voltou então a sentar-se, permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto. Aos poucos a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de vez.

Em pouco tempo o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um negro, frio e morto pedaço de carvão recoberto de uma espessa camada de cinzas.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o protocolar cumprimento inicial entre os dois amigos.

O pastor, antes de se preparar para sair, manipulou novamente o carvão frio e inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.
Quase que imediatamente ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.

Quando o pastor alcançou a porta para partir, seu anfitrião disse:

- Obrigado pastor! Por sua visita e pelo belíssimo sermão. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe!

Aos membros da igreja vale lembrar que eles fazem parte da chama e que longe dos irmãos eles perdem todo o brilho. Aos líderes vale lembrar que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promover a união entre todos os membros, para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro. 

sexta-feira, 30 de junho de 2017

CAÍDO - Paulo Cilas



Certa vez levantei-me publicamente contra um ensinamento de "conquista do Brasil", que declarava ter sido um ato profético de D. João VI o envio de Pedro Álvares Cabral e a escolha do nome de Santa Cruz e Vera Cruz para a terra recém-descoberta. Não quero me deter nessa sandice, até porque o seu idealizador continua a inventar mil e uma outras. E até hoje, apesar de divisões e rachas e mais loucuras megalomaníacas, são muitos que por ingenuidade ou interesses escusos ainda lhe dão ouvidos. E dão ouvidos a outros com mensagens igualmente estranhas.
O quero dizer mesmo é que, diante da minha posição contrária, alguém disse a um membro de onde me reúno que eu deveria tomar cuidado com as críticas porque poderia "cair"um dia! Era um pastor dizendo isto. Traduzindo, mesmo não concordando deveria eu ficar calado porque sou pecador iminente.
De fato, quando entramos em algum "turbilhão", devemos saber se temos escopo -não ter telhado de vidro - para não sermos flagrados em hipocrisias e incoerências. Dai em diante aprendi algumas coisas importantes: 

NÃO QUERO SER INCOERENTE E NEM HIPÓCRITA COM A PALAVRA DE DEUS. Por decisão, não por mérito, decido não usar A BÍBLIA em benefício próprio. Decido não ficar aquém e também não ir além do que ela realmente diz. Decido não querer conhecer somente o que está escrito, mas , também, o espírito do que está escrito. Decido não dizer que tenho uma revelação, ministério, visão, nova unção ou qualquer coisa que se diga especial ou mais espiritual pois: "Havendo Deus falado muitas vezes e de muitas maneiras aos pais pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo..." Pois bem, agora não existe mais nada a ser dito, sacrificado, revelado. Resta-nos dar ouvidos às PALAVRAS DO SENHOR que nos são “lembradas” pelo ESPÍRITO SANTO. Há AS BOAS NOVAS (EVANGELHO) a serem anunciadas. 
As conquistas serão de vidas rendidas a CRISTO e não à minha igreja ou visão. A conquista será O REINO DE DEUS dentro do homem como JESUS afirma e não a conquista dos bens terrenos que só engrandecem aos homens e que despertam o que de pior existe:
soberba, vaidades, orgulhos e tantos outros sinônimos possíveis e imagináveis.

DECIDO QUE SOU PECADOR CAÍDO! E só não digo que sou o principal porque o outro Paulo chegou na frente. Tenho um verme dentro de mim, pegando emprestado a afirmação de Larry Crabb no livro "Chega de Regras". E só eu e DEUS sabemos o tamanho desse verme.
E, assim, sabendo quem sou e do que sou capaz de fazer em minha maldade e fraquezas, não posso me dar ao luxo de distorcer a única mensagem que conseguiu e consegue me redimir.
Portanto, já não posso cair. Já sou caído desde o ventre de minha mãe como Davi. Acreditem! Até o bem que quero fazer não faço. E o mal,então? Este, só chorando ao PÉ DA CRUZ. Só pela CRUZ eu tive chance de ser perdoado e nela continuo a derramar minha alma até o dia em que o corruptível(eu) der lugar ao incorruptível.
Não!! Não sou advogado de JESUS e de seu EVANGELHO. Sou testemunha DELES e nenhuma mensagem enganosa, nenhum devaneio de homens vaidosos e ardilosos, nem mesmo a insensatez ainda que ingênua ou simplista de qualquer pregador imprudente e muito, muito menos meu estado de total dependência DA GRAÇA E MISERICÓRDIA DO SENHOR por ser quem eu sou me calarão.
"SEJA DEUS SEMPRE DEUS VERDADEIRO, E TODO O HOMEM MENTIROSO..." Como disse o apóstolo Paulo. Aquele vendido pelo pecado, o miserável homem. Aquele mesmo que se gloriava na sua fraqueza pois era assim que se via forte. E dizia não ter alcançado coisa alguma mas que prosseguia para o alvo. E, em recebendo algum louvor jamais se gloriava a não ser na CRUZ DE CRISTO e até repreendia espírito de adivinhação que dizia ser ele, Paulo, servo do DEUS altíssimo. Ou seja, O APÓSTOLO PAULO que jamais seria como os "apóstolos" atuais. Primeiro porque esses não o receberiam por estar fora da visão. Segundo, porque ele não comungaria com gente que tem como deus o próprio ventre!


quarta-feira, 28 de junho de 2017

O direito de ir e o privilégio da roupa nova - Paulo Cilas


Em Lc.15. 11 começa a narrativa do famoso e muito citado filho pródigo que reivindica o direito de fazer o que quiser da sua vida. O Pai permite que ele assim o faça. E eis uma dificuldade nossa em entender e aceitar isso: As pessoas mesmo dentro da igreja têm direito de fazer o que quiserem de suas vidas. Tentamos cercar de todas as maneiras os "nossos" para que não exerçam tal direito. Ameaçamos!
Pois bem, foi a "ida" livremente que o fez voltar arrependido. Totalmente arrependido, sem colocar culpa em outro, sem dividir responsabilidade com quer que fosse.
Agora, retornando humilde, recebe do Pai roupas novas. Sim, filho recebe roupa e anel de filho, não de indigente.
Mas repare, na presença do Pai não há como permanecer com vestes erradas. Não é opcional o figurino.
Vou para Mt. 22.1-11 e encontramos a parábola das bodas, também muito conhecida. Convidados que desdenham o convite e outro que são instados a entrar na festa. E lá estão quando O Senhor percebe alguém sem vestes próprias. Esse é expulso.
Não há como está na Casa do Pai sem as vestes que Ela dá.
O homem tem "direito" de fazer o quiser, mas mesmo os convidados  só permanecem se estiverem com vestes próprias. Agora não há liberdade de ir e vir como o pródigo teve. O homem achado com vestes impróprias foi amarrado e lançado nas trevas exteriores. Passagem só de ida!

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Lar e Lugar - Paulo Cilas

O Eterno pensou em um lar para o homem, não apenas um lugar. O Edem - que é jardim fechado = Paraíso consistia em conversa ao fim do dia,  nomeação de animais, descobertas da convivência,etc. Enfim, tudo que reproduzia o recôndito de um lar.

Mas o homem peca. Ao  lugar de vida - Paraíso- não pode mais ter acesso. Agora espalha- se por lugares inóspitos. Qualquer lugar!

No plano de Deus de trazer o homem de volta ao Lar Jesus  é a "figura central". E Ele afirma que o Reino está dentro de nós. Ou seja, antes de voltarmos ao Lar os princípios do lar devem prevalecer em nós.

Daí o perigo do pecado. Somos pecadores corruptíveis na carne, contudo sem sermos escravos dele.
mas se amamos o pecado expulsamos os "princípios do REINO-LAR  de dentro de nós. Continuamos indo para qualquer lugar. Inclusive inferno como conexão ao lago de fogo, que é a segunda morte.

Por quê não amar o mundo? Porque ele é dominado pelo maligno e seu o príncipe tenta convencer o homem a amar os lugares enganosos. Entretanto basta uma olhadela rápida, porém sincera, para perceber que todos os lugares estão contaminados. Só o Reino dentro de nós que não.

"Na casa de meu  Pai há muitas moradas"! Nessa afirmação Jesus - O Restaurador do REINO-LAR-
nos garante acesso futuro a um novo Paraíso.

"Vou prepara lugar"! Como advogado, como sacerdote Ele vai trabalhando junto ao Pai para que nossa presença, isto é ,  a presença das daqueles que mantiveram os "princípios" em seus corações, esteja garantida.

"Para que aonde eu estiver vocês estejam também"! Ele voltou para o Pai - conversa face a face, presença real,etc. E nos quer junto dele, em torno da mesa, no bate papo de uma caminhada, nas explicações e entendimentos definitivos das coisas da vida. Resumindo, tudo, absolutamente tudo que só existe em um lar, não em qualquer lugar.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Pregação Verdadeiramente Cristã (1 Co 2.1-5) - Pr. Davi Merkh



Certa vez o professor de um seminário tocou uma fita K-7 para seus alunos.  Juntos escutaram a voz sonora de um pregador cativante.  No final da fita, o professor pediu para seus alunos avaliarem a mensagem.  Eram unânimes que fora um dos melhores sermões que já ouviram.  Até que o mestre explicou que o homem era líder de uma seita que negava a divindade de Jesus.  O problema não estava no que o pregador falou, mas no que ele NÃO falou.  Se sua mensagem não era anti-cristã, certamente era sub-cristã .   
O que é a pregação verdadeira cristã?  O que a torna distintamente cristã?  Se compartilhamos uma mensagem que poderia ser abordada e aceita numa sinagoga, ou mesquita, ou entre os Mórmons, compartilhamos moralidade oca. É uma mensagem sub-cristã.  Qual a nossa mensagem?  Quais os métodos?  Qual a meta que almejamos?  Essas são as perguntas que 1 Co 2:1-5 responde para nós.  Cristo e sua cruz tornam a pregação distintamente cristã. 
Veremos 3 ingredientes essenciais para uma pregação verdadeiramente cristã.  (Os ingredientes da pregação cristã são os mesmos da vida cristã!)

I.    A Mensagem da Pregação Cristã: Declaração de Cristo Crucificado (2:2)


1 Co 2:2 – uma decisão pré-meditada de não apelar para sabedoria natural mas espiritual, de não enfeitar ou modificar a mensagem para ser mais agradável aos filósofos desse mundo.


O foco em Cristo (cf. 1:10) é a única chave para unir as facções da igreja.  Paulo não queria saber de nada, senão Cristo e o que Ele estava realizando na vida de cada um deles. 
O que significa pregar Jesus Cristo, e este crucificado?  O que significa pregar a cruz de Cristo?           
    1:8 palavra da cruz           
    1:23 pregamos a Cristo crucificado           
    1:24 pregamos a Cristo           
    2:2  Jesus Cristo e este crucificado A MENSAGEM DE UM MESSIAS SALVADOR CRUCIFICADO FOI ABSURDO--COMO EXALTAR UM CRIMINOSO EXECUTADO NA CADEIRA ELÉTRICA OU ENFORCADO! A loucura da cruz é essa.  A cruz foi a forma mais humilhante de morte possível.  Foi um escândalo.  Foi um símbolo de ignomínia, vergonha, violência, crime.  Ninguém queria seguir um defunto, muito menos um criminoso crucificado.  Hoje, o efeito “choque” de ser um povo da cruz se perdeu.  Mas no 1o século, teria sido total, como se hoje fossemos identificados como o “povo da cadeira elétrica” ou “povo da guilhotina”, o “povo da forca”.   
A.      O que pregar Cristo NÃO Significa:
   1.      Não significa só evangelismo no púlpito.  (As cartas de Paulo deixam isso muito claro.  A ênfase está no discipulado, na edificação dos santos.) 
   2.      Não significa só pregar o NT e textos proféticos do VT.  (Os autores do NT usaram muito o VT, e não só as partes messiânicas.)  
   3.      Não significa imaginar Cristo tipificado atrás de cada pedra na Bíblia  

B.      O que pregar Cristo Significa
   1.      Anunciar TODO o conselho de Deus (At. 20:27: jamais deixei de vos anunciar todo o desígnio de Deus”)  Cp.  2 Tm 3:16 toda Escritura inspirada por Deus e útil para o ension, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça) 
   2.      Anunciar a essência da doutrina da cruz:                                                                          
            i.      depravação do homem (isso vai muito contra a “coceira nos ouvidos” da maioria; 2 Tm 4:3) (1:31).  Ef 2:8,9.  O homem incapaz de agradar a Deus.  Por isso o próprio Deus, na pessoa de Jesus, precisava morrer por nós.                                                                         
         ii.      O sacrifício e suficiência de Cristo Nosso testemunho (vs. 1); o que Deus fez por mim em Cristo.  Rm 1:16 “não me envergonho do Evangelho de Cristo; pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê . . . “ 
A cruz foi o plano de Deus antes da fundação do mundo!  Somente em Jesus é que sou aceito, mesmo sendo tão imperfeito.  Não preciso ser perfeito para dar testemunho.  O diabo queria que eu acreditasse nisso.  Mas com cada dia que passa, a cruz de Cristo revela mais da minha incapacidade, e mais da suficiência de Cristo!  Vejo mais e mais do meu pecado, e corro mais e mais para Seu sacrifício. 
Se nosso ensino somente aponta a necessidade do homem, sem levar à cruz, avançamos Lei sem Graça.  Colocamos os ouvintes debaixo da Velha Aliança, sem contar-lhes o fim da história.  Infelizmente, muito do nosso ensino (e muitos movimentos sub-cristãos de hoje) põem o povo debaixo da Lei, como se a cruz e a ressurreição de Cristo nunca tivéssem acontecido, e como se eles, pelos próprios méritos, pudessem ser aceitos diante de Deus:  Faça isso!  Faça aquileo!  Pule mais alto!  Pratique mais disciplinas da vida cristã!  
Infelizmente, muitas vezes ficamos empolgados com tudo em nossas igrejas, menos Cristo.  A estratégia de Satanás é desviar nossa atenção do que é central, para patinarmos sobre a periferia da nossa fé.   
Em outras palavras, a mensagem da cruz é “não eu, mas Cristo”.  Eu não podia salvar a mim mesmo.  Eu não consigo viver a vida cristã por mim mesmo.  Eu não posso impressionar a Deus por mim mesmo.  Eu não posso fazer com que Deus me ame mais.  Eu não posso . . . nada!  Mas “tudo posso, NAQUELE que me fortalece.  Essa a mensagem da cruz: Permanecer em Cristo (Jo 15).  Aprender “não eu, mas Cristo”.  Viver Gl 2:20: Sou crucificado com Cristo . . .   A glória na cruz!  Gal 6:14. 
Proclamar e viver a cruz de Cristo significa reconhecer em todos os momentos a fraqueza do homem e o poder de Deus.  Significa apontar para os pecados do homem na esfera do coração, e não somente as aparências.  E isso nos leva, todos nós, ao desespero, e ao pé da cruz.  É aí que encontramos perdão dos pecados.  É aí que encontramos poder para santificação.  Cristo crucificado e ressurreto.  Meus pecados perdoados, e nova vida dada para viver a vida de Cristo.  Sendo conformados à imagem de Cristo Jesus! 
Será que essa é a nossa mensagem?  Será que é isso que vemos quando lemos as nossas Bíblias? 

II.      O Método da Pregação Cristã: Dependência do Espírito (2:1,3,4)

 A.     Contexto Histórico Retórica e Filosofia:  tentativas de persuadir por argumentação, lógica, silogismos baseados em premissas, eloqüência, jogos de palavras bonitos, metáforas cativantes e mais . . .  Impressionar com talentos, força, poder, influência, retórica . . .  
B.     Contexto Bíblico (1,3,4) 
    1.  O que NÃO é: Dependência de Recursos Humanos 
*não com ostentação de língua (NVI: discurso eloquente) = “excelência de fala”;  “palavra superior”.  Cp 2 Co 10:10 --a pregação de Paulo não era impressionante; 2 Co 11:6—falto no falar.  Pergunte para Eutichio, que pegou no sono no meio da mensagem do Apóstolo e caiu da janela para sua morte . . .  Paulo não queria que eles adquirissem uma nova filosofia, mas uma nova vida! (MacArthur, 57) 
Cp. Moisés—gago! *não com sabedoria (humana)—não significa que ele gabava-se de falar bobagens.  É que a mensagem era ridícula para os filósofos e retóricos eloquentes do dia.  Não vamos para a igreja para ouvir “as últimas”.  Não vamos para ouvir as opiniões do pastor ou do professor da EBD.  Não queremos saber de política, ou psicologia, economias ou religião! Queremos ouvir, ASSIM DIZ O SENHOR! 
*não com linguagem persuasiva—não fez um “show”;  não foi “entretenimento”;  não manipulava suas audiências, como os oradores contemporâneos; Somos embaixadores, não vendedores!  Anunciamos um recado do Rei, não pleiteamos para comprar uma dúzia de vassouras!  Não enfeitamos, ornamentamos, mudamos ou adulteramos a mensagem! O embaixador VIVE EM FUNÇÃO DO RECADO FIELMENTE TRANSMITIDO DO REI!                         
Certa vez uma igreja  tinha uma daquelas janelas de vidro colorido com cena do Evangelho atrás do púlpito. Uma semana o pastor daquela igreja tinha que viajar, e outro tomou seu lugar, que era muito mais baixo.  Uma criança naquele domingo olhou para o novo pregador e perguntou para sua mãe, “Mãe, cadé aquele outro homem que sempre fica no lugar onde não podemos ver a Jesus? 
Nada disso significa que pregamos da pior forma possível.  Que ignoramos a natureza e a capacidade da nossa audiência.  Que tentamos tornar a mensagem tão “fadonha” quanto possível.   
O próprio livro de 1 Coríntios foi cuidadosamente elaborado, com muita lógica e argumentação exata.  Paulo usa ilustrações, analogias, alegorias, hinos, poemas, provérbios, citações, e muito mais em suas mensagens.  Mas tudo isso subordinado a prioridade da mensagem, a dependência do Espírito.  Ele não DEPENDIA da eloquencia. 
2.      O que É: O poder de Deus através da fraqueza do homem! 
A história de muitos servos de Deus—João Ninguéns para que Ele fosse o Deus de Alguém(Moisés, Josué, Gideão, Baraque, Davi) 
*sim em fraqueza—sabendo da sua incapacidade e da loucura da mensagem.   
   Filipos—cadeia, castigado, chicoteado;        
   Tessalônica—expulso como criminoso  
   Beréia—a mesma experiência                    
   Atenas—ridicularizado pela comunidade universitária  
   Corinto—pior de tudo!  Poço da humanidade!  Andou sozinho 90 km.  Medo, fraqueza, dúvida, temor e tremor.  Um ser humano! Deus usa pessoas que reconhecem sua fraqueza!  Somos fracos, falhos, mas aceitos por causa da cruz de Cristo!  Nossa glória está na cruz! 
Gal 6:14 Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo. 
*sim com temor—de ser desqualificado (1 Co 9:16, 27; At 18:9,10—não temas) 
*sim com tremor—de ser um hipócrita;  Nenhum super-herói! 
*SIM, EM DEMONSTRAÇÃO DO ESPÍRITO DO PODER!  O poder está na Palavra!(A palavra “demonstração” traz a idéia de uma prova irrefutável . . . que “fecha” a questão) 
Teologia da Fraqueza: 2 Co 1:84:712:8-1013:4 2 Tm 4:2:  Prega a Palavra  “Aquele que presume dizer, ‘Assim diz o Senhor’Deve fazê-lo com temor e tremor.” 

C.     Contexto Atual Perigo!  Dependência de técnicas humanas para construir igrejas, impactar vidas.  Não somos vendedores, mas evangelistas!  Não dependemos de “marketing” mas do Espírito de Deus!  *Marketing diz que precisa pregar no máximo 20 minutos porque as pessoas não conseguem e não vão aguentar mais que isso.*Marketing diz que temos que entreter as pessoas ou não vão voltar.*Marketing diz que você precisa dar para o povo o que querem, não o que precisam.*Marketing diz que você tem que embrulhar sua mensagem para atrair pessoas, não para convencer pecadores. 
Pregação em si é uma mídia fraca em conteúdo e forma.  Mas é a técnica escolhida por Deus.  Rádio, TV, Data Show, Drama, Louvorzão, mensagens na Internet, todos têm seu lugar e podem e devem ser resgatados para o Evangelho.  Mas não podem e não vão tomar o lugar simples da proclamação pública da mensagem da cruz. 
        III.             A Meta da Pregação Cristã: Demonstração do Poder de Deus em Vidas Transformadas (2:5)
 Nosso alvo são vidas transformadas pelo poder do Evangelho.  Qualquer outra transformação, no poder da carne, não permanecerá!  Fé apoiada em sabedoria humana é como uma casa construída sobre areia movidiça! 
Algo sobrenatural acontece quando o Espírito de Deus usa a Palavra de Deus ministrado pelo mensageiro de Deus.  A forma não é nada atraente.  O conteúdo pode parecer ridículo.  Mas Deus opera!  Vidas são transformadas! 
Uma tentação muito grande quando falamos em público—queremos que as pessoas gostem!   A tentação de fazer um show e não proclamar a palavra é enorme. 
Nossa meta, na pregação e na vida:  Gal 2:20—não viver para Deus, mas que Jesus viva em nós.Cl 1:28,29 –todo homem perfeito em CristoRm 8:29 – conformes a imagem de Seu FilhoGl 4:19 – Cristo formado em nós2 Co 3:18 – transformação de glória em glória, na sua própria imageSão alvos sobrenaturais!  Impossíveis a ser alcançados pela força da carne! 
Veja o papel do Espírito Santo nesta tarefa: A sabedoria de Deus é revelada em Jesus Cristo, e este crucificado, e esta sabedoria é revelada por suas testemunhas originais através do ministério do Espírito.           
    2:4 demonstração do Espírito e do poder;           
    2:10-13 
Jonathan Edwards: lia seus sermões, para que ninguém pudesse culpá-lo de fomentar decisões pela retórica ou homilética . . . Mas foi usado como parte de um dos maiores reavivamentos na história. 
Conclusão: Certa vez uma menina pré-escolar tinha que fazer o papel de Maria, mãe de Jesus, num teatro natalino.  No início tudo ia muito bem, e “Maria” sorria com satisfação enquanto admirava a boneca na manjedoura.  Mas logo os animais, e pastores, e outras pessoas encheram o palco, até que ninguém podia ver o berço humilde.  Foi então que a menina levantou a boneca  sobre a cabeça de todos, onde ele ficou até o final da peça.  Depois, quando alguém perguntou por quê ela fez assim, a menina declarou, “Todos estavam tirando seu lugar. . . eu tinha que levantar Jesus!” 
Três ingredientes numa pregação cristã:
1.      A Mensagem: Declaração de Cristo Crucificado
2.      O Método: Dependência do Espírito e não Técnicas Humanas
3.      A Meta: Demonstração do Poder de Deus em Vidas Transformadas 
Será que temos declarada uma mensagem verdadeiramente cristã?  A necessidade do homem de um salvador, porque ele é um miserável pecador?  A solução na morte e ressurreição de Cristo? 
Será que também estamos caindo na dependência de “marketing” para tornar nossa mensagem e nossa igreja mais populares?  Tornamos o Evangelho em um produto a ser mercadejado? 
Será que temos dependido do poder do Espírito de Deus para transformar vidas, mesmo que essa mensagem pareça ridícula, louca, pouco atraente? 
Idéia: Uma igreja focalizada em Cristo proclama o Evangelho na dependência do Espírito e não em técnicas de “marketing”.

Uma esquerda religiosa e sem esperança - Filipe Samuel Nunes em Gospelprime

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