quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Sã doutrina ou doutrina contra outra, um breve ensaio - Paulo Cilas


Há muito percebi que grandes vultos cristãos querendo pregar a verdade, em algum momento se detinham mais em combater as doutrinas anteriores - e muitas vezes erradas mesmo, e também impondo aquilo que eles com honestidade julgavam certo ao invés de anunciar  tão somente"a Sã Doutrina". Chamo-os de grandes vultos porque de fato o são. Nós os lemos e aprendemos com eles muitas coisas: Agostinho, Tomás, Lutero, Calvino, Wesley e tantos outros iguais ou mais importantes ( esses foram os que me ocorreram imediatamente em minha mente obtusa e pobre de história).
Em tempos atuais ouvimos, lemos e ouvimos em vídeos ou ao vivo muitos expoentes nacionais  e de fora. Nego-me a citar  os que se enriquecem em nome de Deus , espertos contumazes, donos de suas igrejas, que migram de "doutrina em "doutrina" sempre buscando benefícios de seu reino e não Do Reino.
Cito alguns daqueles que têm bom testemunho com suas vidas: são humildes, pessoalmente se portam como servos  e não senhores. Sabem ouvir o contraditório e não buscam o estrelato.
Como o Ed René Kivitz. Continuo ouvindo-o pela sinceridade aferida por mim em loco, mas me assustei quando o ouvir dizendo que praticamente  todos serão salvos. Sei que ele é um combatedor de ensinos ameaçadores que colocam na virtude do homem e não em Cristo a Salvação. Também combato a mensagem que transforma crentes não em pessoas humildes e gratas, mas soberbos que se transformam em juízes e sentenciadores dos outros. Aceito plenamente que as "Boas Novas"são a mensagem a ser pregada :  Você está indo para a morte ( inferno) aceite a Jesus e seja salvo no lugar de: Aceite a Jesus se não você vai para o inferno. Contudo, penso eu, que ele ao combater a doutrina errada exagera do outro lado.  Amando o Amor de Deus parece querer amar mais que o próprio Deus. Parece!
Sem contar que querendo dar uma profundidade e peso maior ao episódio de Jesus com a samaritana vai além do texto puro e simples - pregadores, mesmo os sinceros, podem ser acometidos pela "obrigação" de sempre falar algo com cara de novo, com aplicações mais intensas; E fica pior porque abrem flancos para  que espertalhões e crentes implacáveis façam a festa.
Já comentei também do pessoal "da missão na integra" que, sinceramente em nome dos mais pobres, ignora as armadilhas de um ensino anti judaico-cristão e as tramoias e corrupção que assolaram e assolam o país. Como o Ariovaldo Ramos, a quem continuo admirando mesmo discordando.
Enfim, ao nos tornarmos combatentes dos erros anteriores corremos o risco de errarmos no ponto certo da sã doutrina.

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