quinta-feira, 8 de março de 2018

Jesus consolador - Zack Eswine

O texto abaixo foi extraído do livro A Depressão de Spurgeon, de Zack Eswine, da Editora Fiel.
“É um consolo indizível que nosso Senhor Jesus conheça essa experiência”
Na obra O Demônio do Meio-dia: Uma Anatomia da Depressão, Andrew Solomon, que não professa seguir Jesus, observa que “mesmo as pessoas que se apoiam em uma fé que lhes promete uma existência diferente no além não podem evitar a angústia neste mundo”. O autor relembra que o próprio Cristo foi um “homem de dores”.
Esta designação “homem de dores” vem de Isaías 53.3, quando o profeta do Antigo Testamento descreve o prometido de Deus. Charles testemunhava regularmente sobre a força abençoadora que o relacionamento com Jesus, enquanto homem de dores, lhe proporcionou:
Pessoalmente, eu também trago o testemunho de que foi para mim, em épocas de grande dor, espantosamente confortável saber que em cada pontada que aflige seu povo o Senhor Jesus igualmente possui identificação com o sentimento. Não estamos sozinhos, pois aquele “semelhante ao filho do homem” caminha conosco na fornalha de fogo ardente.
A “identificação com o sentimento” (fellow-feeling) que os sofredores encontram na visão mais ampla de Jesus inclui aqueles que sofrem de depressão. Os cristãos estão acostumados a serem estudantes da Cruz. Não obstante, Charles convida os doentes a encontrar o socorro do nosso Salvador no Jardim do Getsêmani.
Esse “jardim de tristeza” se torna para Charles uma imagem da “depressão mental” de Jesus. “A dor corporal deve nos ajudar a entender a cruz”, mas “a depressão mental deveria nos fazer aptos estudiosos do Getsêmani”, diz ele. “Ao lado de seu sacrifício, a simpatia de Jesus consiste na próxima coisa mais preciosa”. Faz bem aos auxiliadores tomarem conhecimento disso.
Então, quando o livro de Hebreus, no Novo Testamento, diz que Jesus é aquele que “foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança” e que “naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados” (Hb 4.15; 2.18), Charles prontamente postula que essa simpatia ou compaixão de Jesus inclui não só nossa fraqueza física, mas também nossa “depressão mental”.
O resultado? Aqueles que sofrem de depressão podem encontrar um lugar para descansar na experiência de vida de Jesus. “Quão completamente é removida a amargura da tristeza”, explica Charles, ao “saber que ela fora, outrora, sofrida por Cristo”.
Por isso, mesmo quando nos tornamos insensíveis aos teólogos de plantão, cuja fé não é realista ou que não sabem nada do que vivenciamos, não precisamos ignorar Jesus. Pelo contrário, se procuramos por alguém, qualquer que seja, para saber o que significa caminhar em nossos sapatos, Jesus emerge como a mais proeminente e verdadeira companhia para as nossas aflições. A esperança realista é algo saturado de Jesus. Aqueles que sofrem de depressão têm um aliado, um herói, um companheiro-redentor e que advoga em prol do mentalmente assediado.

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